Esta dívida, que se arrasta há vários meses, compromete o financiamento de serviços essenciais, incluindo transporte de doentes não urgentes e operações de emergência, que são fundamentais para a população.

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) tem alertado para a situação, destacando que o atraso nos pagamentos ameaça o funcionamento das corporações de bombeiros em todo o país. Sem os repasses regulares, os bombeiros encontram-se pressionados, enfrentando dificuldades para cobrir os custos de combustível, manutenção de veículos e equipamentos, e até mesmo para honrar salários dos profissionais e voluntários que atuam diariamente no resgate e transporte de pacientes.

A situação gerou preocupação entre autarquias e lideranças locais, que temem o impacto nos serviços de saúde pública e segurança, sobretudo em áreas mais remotas, onde os bombeiros são frequentemente o primeiro recurso disponível para emergências. Em resposta, o Ministério da Saúde afirmou estar ciente das dificuldades e disse que está a trabalhar para regularizar os pagamentos em atraso o mais breve possível.

Esta crise financeira nas corporações de bombeiros destaca a necessidade de uma revisão dos modelos de financiamento e apoio aos serviços de emergência no país, além de reforçar o papel essencial que os bombeiros desempenham na assistência à população e no apoio ao sistema de saúde.