Meteorologia Adversa

Governo açoriano disponível para apoiar freguesias afetadas pelo mau tempo

“Viemos identificar aquilo que, depois dos grandes trabalhos de limpeza, ainda possa haver e que cirurgicamente precisa de apoio. Estamos disponíveis para colaborar com presidentes de juntas através de protocolos para todos juntos acudirmos às situações que estão para ser resolvidas”, declarou a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.

Berta Cabral visitou hoje as zonas das freguesias de Capelas, Santo António, Santa Bárbara, Remédios, Ajuda da Bretanha e Feteiras, no concelho de Ponta Delgada, afetadas pelo temporal de 20 de agosto, que deixou 17 pessoas desalojadas.

A secretária regional (do executivo PSD/CDS-PP/PPM), que disse não ser possível quantificar para já o valor total dos prejuízos, identificou a limpezas das bermas e das grelhas de escoamento das águas fluviais como situações que “ainda precisam de ser resolvidas”.

Berta Cabral adiantou que o concurso para a nova variante às Capelas, uma das estradas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência da região, vai ser lançado até ao final do ano.

“Quando estamos a ultimar o projeto da variante Ponta Delgada/ Capelas também temos isso em atenção. O projeto tenta ter em conta as linhas de água, tentando colocá-las no seu curso ou encontrar uma solução alternativa de maneira a que a variante seja um fator de inibição dessas inundações”, sublinhou.

A governante defendeu que as “alterações climáticas exigem uma grande responsabilidade” de toda a sociedade, sendo necessário limpar as matas, ordenar as pastagens e evitar os desvios de linhas de água.

“Esta situação não é nova. De anos a anos – e até mais do que uma vez ano – acontecem este tipo de tempestades, temporais, chuvas intensas. E [acontecem] cada vez mais intensamente. Isso tem a ver com as alterações climáticas”, declarou.

Sobre a limpeza das ribeiras, a representante disse tratar-se de um “trabalho permanente” e destacou que o Governo dos Açores esteve “desde a primeira hora no terreno a resolver as situações críticas” provocadas pelo mau tempo.

Em 26 de agosto, a Câmara de Ponta Delgada, liderada pelo PSD, exigiu ao Governo dos Açores um “reforço dos trabalhos de limpeza” nas ribeiras do concelho, alertando que “apenas por milagre” é que o mau tempo não provocou vítimas mortais.

Antes, em 22 de agosto, a propósito das ocorrências provocadas pelas fortes chuvas, o secretário do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, rejeitou que tenha existido falta de limpeza nas ribeiras e lembrou que a rede hidrográfica da região “tem mais de sete mil quilómetros de extensão”, não sendo possível “intervir em todas as ribeiras ao mesmo tempo”.

Entre a noite do dia 20 e o dia seguinte, nos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande, em São Miguel, foram registadas 56 ocorrências na sequência das chuvas fortes.

Fonte da Proteção Civil de Ponta Delgada adiantou à Lusa que quatro agregados familiares, num total de 17 pessoas, ficaram desalojados nas freguesias de Ginetes, Santo António e Remédios da Bretanha, tendo sido encontrada uma solução habitacional temporária.

 

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